O “ano novo” da indústria de feiras e eventos começou cheio de boas perspectivas, principalmente por conta dos resultados animadores do segundo semestre de 2017 mas é preciso muita, muita cautela.

2018 continuará a apresentar melhorias significativas, sobretudo com a chegada de novos projetos e com a oferta de novas formas de participação e promoção de marca, mas parte da indústria crê em 4 ou 5 anos para que a pujança de outrora seja novamente sentida e, mesmo assim, adaptada a uma nova realidade, onde os mega eventos e os espaços/estandes grandiosos ficarão restritos a um punhado bastante limitado de projetos.

Em entrevista recente para o DCI – Diário do Comércio, Indústria e Serviços, o presidente executivo da União Brasileira dos Promotores de Feiras – UBRAFE, Armando Campos Mello, comentou que “as feiras são reflexo da economia e é evidente que uma série de segmentos ainda passa por retração”.

Ainda para o DCI, o presidente do Conselho de Administração da UBRAFE e vice-presidente para a América Latina da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Juan Pablo DeVera, disse que os setores que tiveram um ciclo muito acelerado de crescimento nos últimos anos são os que devem ter uma retomada mais lenta por conta da ociosidade da capacidade instalada de certas industrias. “Você não vai ampliar a fábrica se tem estoque ou ociosidade”, destaca.

O DCI também ouviu Rodrigo Moreira, diretor de estratégia da UBM, que acredita que em 2019 tenhamos uma melhor visão das condições do mercado. A empresa, inclusive, postergou um de seus principais eventos, a Concrete Show, em alguns meses, apostando nisso.

“Os anos de 2016 e 2017 foram muito delicados e acompanhamos de perto – sendo afetados diretamente, inclusive – o recuo de vários mercados”

João Silva Neto, Diretor da JA Promoções & Eventos, empresa de significativa participação na indústria através da prestação de serviços de gestão operacional de eventos, relata que toda a cadeia produtiva foi afetada pela crise: promotor, organizador, expositor e fornecedor. “Os anos de 2016 e 2017 foram muito delicados e acompanhamos de perto – sendo afetados diretamente, inclusive – o recuo de vários mercados”. Completa dizendo que “o segundo semestre de 2017 mostrou bons sinais de recuperação, com a retomada de vários mercados, a realização de novos eventos, alguns deles inéditos e, principalmente, com o empresário voltando a acreditar no Brasil e nos eventos” e ainda “fusões e aquisições também voltarão a marcar 2018, principalmente com as multinacionais voltando a acreditar no potencial da industria de feiras e eventos local”.

É esperar e ver o que o ano novo nos reserva!


Por R2C Soluções para O MERCADO
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Fonte: DCI