Um congresso de cardiologia em São Paulo está mostrando que a alta tecnologia ajuda a salvar vidas. Mas também que uma manobra simples pode fazer toda a diferença.
Mais 1,8 mil estudantes aprenderam uma lição importante de primeiros socorros: a massagem cardíaca. “A gente não sabe o dia de amanhã. Então, vai que uma pessoa da nossa família ou alguém do nosso lado pode acabar caindo assim”, diz Sidney Aparecido Júnior, estudante.
“A gente não sabe o dia de amanhã. Então, vai que uma pessoa da nossa família ou alguém do nosso lado pode acabar caindo assim”.
Os estudantes estão fazendo um treinamento em um manequim desenvolvido pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. O manequim tradicional custa em média R$ 500. Já esse é feito de isopor e garrafa PET. E, praticamente, saiu de graça.
Até uma música foi composta para lembrar o que fazer numa emergência. “Basta você fazer a compressão para salvar o coração”. A letra diz que, quando alguém não consegue acordar, respirar, não é para desesperar. Primeiro liga para o 192. E depois começa a fazer as compressões. “Ela aumenta em até quatro vezes a chance de sobrevida. Enquanto a ajuda não chega, a pessoa, o leigo deve iniciar essas compressões torácicas, a massagem cardíaca, no ritmo certo, de alta qualidade”, explica Agnaldo Píspico, diretor do Socesp.
Matéria exibida no Jornal Nacional, 17/06/2017
Neste congresso os médicos também estão treinando, inclusive conhecendo novas tecnologias.
Um programa de computador reproduz em terceira dimensão o coração do paciente. No monitor é possível ter uma ideia: o coração aumenta, diminui de tamanho e pode ser checado por dentro. “A gente transforma os modelos de tomografia e ressonância magnética em modelos 3D, a gente coloca esses modelos nos óculos para estudo de anatomia ou estudos de uma cirurgia”, afirma Felipe Matos, empresário.
E se mesmo assim, o médico tiver dúvida, ele pode ter na mão uma cópia do coração em 3D. “Cirurgião se não pega a peça na mão, ele não vai entender adequadamente”.
Toda essa tecnologia só pode ser usada se o paciente ajudar no tratamento. “O que salva é o paciente entender que ele tem que tratar a doença, ele tomar o remédio e ser o parceiro do tratamento e não cúmplice da doença”, diz Ibraim Franciso Pinto, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.
Edição de 17/junho/2016, Globo.com
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